terça-feira, 10 de novembro de 2020

A CONSCIÊNCIA COMUNITÁRIA NA HORA DO VOTO

O cenário ou os salões dessa grande festa, a da alegria democrática das eleições do próximo domingo, estarão demarcados pelas exigências sanitárias, mas não tirarão o brilho e o fulgor que costumam colorir todo esse ambiente de relevante importância para a vida dos municípios e de seu povo. 

Não podemos entregar os nossos direitos para ninguém usufruir sem a nossa plena concordância. E assim é no processo eleitoral. Somos titulares desse retumbante e sagrado direito de mudar o jogo da política e do poder, principalmente quando os seus atletas estão jogando mal, porque fora de forma e ainda caíram de produção, e mesmo envelhecidos pelas práticas vetustas da política de desprezo aos interesses comunitários e de negócios pessoais e familiares do agente político dissociado do tempo e da realidade comunitárias.

A eleição municipal tem uma singular significação, pois, ao longo de tanto tempo apreendemos que nenhum nacional mora na União ou no Estado. Todos moramos na nossa comuna. A comunidade é o ponto de encontro do nascer, crescer, sofrer, sobreviver, sonhar e amar. É nela que conhecemos o nosso dia a dia de seres humanos com  múltiplos desejos, problemas e a busca da solução. E essa  ânsia promovida pela vida em comunidade nos torna, necessariamente, os primeiros agentes comunitários de que se tem notícia. E a primeira ferramenta dos comunitários é o voto, e aqui se fala da grande comunidade que é a formada por todos os munícipes, o que resulta na Urbe,  realçada pelo  brocardo latim 'Urbe et orbi' (para a cidade e para o mundo).

Portanto, se nascemos para a cidade e para o mundo, grandiosa se revela a nossa responsabilidade em saber trabalhar bem com essa ferramenta cidadã chamada voto. E a pedra ancilar e de lapidar essa que pode ser a única máquina de moer gente, é a consciência comunitária cidadã. Nela se resume, ou não, a capacidade dos comunitários em saber laborarem os caminhos da construção de uma cidade que seja amada e respeitada pelo seu povo. Cidade que tenha como chefe do poder executivo uma referência de representação com pendores para Estadista, tendo sempre em mente a preocupação de liderar a comunidade para o alcance de uma vida segura, sustentável e humana, imposições naturais essas que não permitem espaço aos aventureiros de olhos e mãos côncavas focados no erário municipal.

O mesmo fundamento vale e se impõe aos pretendentes à representação legislativa da cidade. Não se pode conceder mandato parlamentar a quem aprendeu a imaginar que, o espaço público em que se desenvolve umas das parcelas do poder político municipal, é o ninho de ouro onde as suas galinhas vão agasalhar os ovos das benesses e facilidades que deseja usufruir por quatro anos como edil da cidade e de sua gente. Esses candidatos devem ser os primeiros da lista dos moídos na máquina do voto.

A Câmara Municipal, se composta de comunitários bem intencionados e que vivam e vivenciem as necessidades coletivas da população, os seus problemas e sonhos de superação das dificuldades que envolvem a todos, certamente que pode se tornar uma linha de grande apoio ao executivo, sem perder a sua independência e missão fiscalizadora e de propositura legislativas.

Cabe-nos, por tudo isso, e na hora do voto, abrir as nossas consciências ao chamamento para a melhor decisão em favor da Cidade de São Luís, que reclama atenção, dedicação, sinceridade nos propósitos, comportamento político de Estadista, comprometimento com a política das mãos e da consciência limpas, sob a primazia do respeito às Leis e aos princípios norteadores da qualidade de vida em comunidade, que privilegiem a força de um meio ambiente saudável e a melhor aplicação dos recursos públicos. 

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Por Petrônio Alves

Advogado e Jornalista

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