terça-feira, 11 de setembro de 2012

O outro lado do 11 de Setembro de 2001 !!

 
Não há um estudo científico e rigoroso do chamado processo de 'fundição' das torres? Por que é que os relatórios, desde o arquivo FEMA ao Conner, se baseiam fundamentalmente em imagens televisivas. (Imagens Google).

Faz 4 dias o presidente Obama aceitou a renúncia de Van Jones, assessor em matéria ambiental e recuperação econômica. Este funcionário não é produto da burocracia de Washington. Pelo contrário: Jones foi um inteligente analista, organizador e ativista independente, dedicado a combater a discriminação e a injustiça em todas as suas formas.

Era um dos mais respeitados membros da equipe da Casa Branca. Por que Obama o deixou ir? Porque em algum momento pôs em juízo a versão oficial sobre os atentados do 11 de setembro. O establishment em Washington nunca o perdoou. Isso é inaceitável para os que aprovaram a narrativa oficial sem perguntas e votaram poderes de guerra para Bush.

O certo é que ninguém quer ouvir falar dos três edifícios do World Trade Center (WTC 1, WTC 2 e WTC 7) e de sua espetacular derrubada. Ainda que a administração Bush seja a mais infame e mentirosa na história dos Estados Unidos, parece que é preferível acreditar em sua versão, que tem uma vantagem propagandística crucial: a simplicidade. Com efeito, o relato é fácil: o impacto dos aviões e o incêndio debilitaram os andares afetados, pelos quais o segmento superior desabou e destruiu toda a seção inferior.

Só que essa historieta tem muitos problemas. Primeiro, o desabamento dos três edifícios ocorreu a uma velocidade de queda livre. Isso significa que o segmento superior não encontrou resistência ao desabar. Mas se a parte inferior da estrutura não estava danificada, devia frear a queda. Ainda que não se tivessem respeitado as normas técnicas vigentes, a massa de concreto e a estrutura de aço dos pisos inferiores teriam sido um obstáculo à queda livre. Nem a velocidade nem a simetria do desabamento teriam sido o que foram.

Segundo: a pulverização das torres permanece sem explicação. Ainda seguindo a explicação oficial, o desabamento teria deixado atrás uma pilha de andares amontoados. Nos escombros dos três edifícios, quase não há evidência de restos macroscópicos dos ladrilhos de concreto. De onde saiu a energia para converter em pó meio milhão de toneladas de concreto?

Terceiro: ainda que não impactado pelos aviões, o WTC 7 foi o terceiro edifício a ser derrubado nesse dia. Era uma estrutura de 47 andares de altura e 90 metros de largura de fachada principal. Também desabou à velocidade de queda livre, às 4h30 da tarde e também se pulverizou. A versão oficial? Foi alcançado por fragmentos do WTC 1, o que incendiou seus depósitos de combustível e provocou a derrubada. Velocidade de queda livre, simetria perfeita e pulverização: temas sem resposta. É a primeira vez na história que um edifício com estrutura de aço é derrubado por um incêndio. Já sei que tudo isto é muito polêmico. Mas é claro que a versão oficial sai prejudicada de todas estas perguntas. E as mencionadas aqui não são as únicas. Por exemplo, a mesma versão oficial admite que a temperatura nos pisos afetados nunca alcançou o nível necessário para fundir o aço. Não obstante, vários focos de altas temperaturas duraram semanas entre os restos das duas Torres Gêmeas.

Várias investigações independentes encontraram rastros de explosivos em mostras de pó recolhidas em Manhattan no 11/09. Esses rastros poderiam provir de explosivos como os chamados térmita e a supertérmita (vejam-se os estudos do físico Stephen Jones e outros em www.stj911.org e www.ae911truth.org . Talvez a esta altura o tema do WTC 11/09 seja irrelevante. Paradoxalmente é um tema que irrita a esquerda norte-americana. Sente-se que é um tema incômodo e que distrai a atenção do trabalho político prioritário. Por exemplo, em sua análise sobre a decadência da esquerda nos Estados Unidos, Alexander Cockburn diz que “o conspiracionismo do 11/09” invadiu este movimento, adormecendo o público e alheando-o de suas filas. Isso é dar muito crédito aos que questionam a versão oficial sobre o 11/09.

Há que se partir de bases distintas: gente não é “público” e a análise política não pode evadir-se de temas porque parecem chatos. Em matéria de liderança política, o que importa é a certeza da análise, não o recorde de bilheteria.

Esta é a realidade: apesar do fracasso da guerra imperial no Afeganistão, o clamor de “vingança” pelos atentados do 11/09 é forte entre as classes mais machucadas pela crise econômica e financeira. Nisso coincidem cegamente com a elite de Washington, envolta em desdobramentos patrioteiros enquanto se aplica no resgate de Wall Street. Onde está a verdadeira distração? É difícil compreender como se pode descartar uma análise rigorosa sobre um acontecimento que desatou duas guerras regionais e mantém sua perigosa ressonância em uma das zonas mais voláteis do planeta. Só depois desta análise poderemos esquecer as Torres Gêmeas.

(*) Alejandro Nadal é economista, professor pesquisador do Centro de Estudos Econômicos El Colegio de México e colabora regularmente com o diário mexicano de esquerda La Jornada.

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