quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O respeito ao direito à livre manifestação do pensamento passando pelo Maranhão !!


O ordenameto jurídico brasileiro tem na Constituição Federal o seu ponto de confluência, que forma o leito de todo o sistema legal da nação, e não recepciona os comportamentos, atos e, principalmente, normas atentatórias à consolidação do Texto Ápice da Nação.

Num país de tradição e formação escravocratas, de cruel exploração das camadas sociais oprimidas, tipo o Brasil, sempre haverá imensas dificuldades para se construir um estágio de consciência cidadã plena, ainda que tenhamos uma ordem jurídica pautada na famigerada falácia do Estado Democrático de Direito, pois, os governantes de plantão, e seus subservientes gestores, são intolerantes, obtusos e, mantendo a regra geral dos métodos autoritários, com os quais 'governam', sempre com ódio ao novo debate, às ideias revolucionárias, aliás, é inaceitável qualquer argumento contrário aos interesses do ancien regime das práticas nada republicanas aqui reinantes.

A história política do país é marcada pela perseguição àqueles que ousam discordar dos plantonistas no poder, e, como não poderia ser diferente, o Maranhão é parte dessa tragédia da intolerância, todos sabemos, e assistimos aos atos e fatos que se traduzem, concretamente, em obra imponderável das regras do comando político do Estado, avesso a qualquer debate que confronte com o patrimonialismo aqui dominante.

Por muitas vezes assistimos o ex-presidente Lula da Silva mostrando-se um grande intolerante com a crítica dos setores da sociedade civil, principalmente aquelas formuladas pelo funcionalismo público em lutas por melhores salários, e as do  jornalismo independente. Logo ele, que construiu sua trajetória por meio de bravatas em favor da liberdade de opinião que, por conseguinte, foram repercutidas com insistência na imprensa brasileira a ponto de o tornarem mandatário da nação por duas vezes.

Indagamos: imaginemos essa intolerância na esfera política dos estados da federação, cada um com as suas características próprias de analfabetismo político, e as tradições ecoômicas centradas, na sua quase totalidade, na mantença do sistema fundado no  patrimonialismo e no rodízio de único grupo político no comando das ações dessas unidades federativas mais atrasadas [?].

A crítica direcionada à infamante política do apadrinhamento, do favorecimento promíscuo, da corrupção, enfim, ao modelo de gestão que afasta a participação popular de qualquer discussão sobre os destinos do estado e seu povo, privilegiando as castas familiares e amigos, conduz os agentes desse carcomido sistema de governança a transpirarem todo tipo de ódio e ações truculentas, ainda que de maneiras mansa e sutil, contra os seus críticos, principalmente se forem servidores públicos, não importando se são efetivos ou precários. Logo, estes conhecem o dia a dia da res pública e, portanto, para eles, a melhor liberdade de manifestação do pensamento  é a eterna vigilância e a imposição do silêncio pela permanente ameaça,  sabendo que os barnabés são conscientes das coisas do estado e dos atos aviltantes dos agentes  plantonistas do poder.

Esses são atos típicos de gestores autoritários, avessos às críticas políticas contrárias ao estilo predatório a que pertencem; que ofendem diuturnamente os parâmetros constitucionais do livre exercício da manifestação do pensamento, enquanto direito individual assegurado a todos na Carta Política, portanto, impondo a obrigação de obediência e o seu cumprimento indistintamente, mesmo aos asseclas dos condomínios políticos que desenvolvem verdadeira ojeriza ao debate dialético e cidadão, que defende o engajamento do povo no comando do seu próprio destino, construindo o caminho de libertação política e econômica de que tanto necessita, principalmente no Maranhão.

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Petrônio Alves

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