terça-feira, 11 de setembro de 2018

Algumas jogadas na Política (!)

Eleição majoritária interessante é aquela que  consagra o candidato, logo a partir da abertura da primeira urna. Poucas são as vezes  em que um quadro eleitoral mostra-se contrário ao perfil extraído após a quebra do lacre eletrônico das primeiras unas. Claro, a cada eleição, temos múltiplos cenários a nos permitirem outro sem número de análises conjunturais que podem nos levar a desenhos de aproximação do que possa vir como o possível resultado do pleito.

Em primeiro lugar, convém tirar a conclusão acerca do grupo de candidatos que se apresenta à assembleia em busca do sufrágio popular. Nessa primeira aferição saberemos quem pode ou não ser os mais prováveis "espoca-urnas". São de fácil identidade, porque não carregam uma história política de vitórias em processos eleitorais, portanto, não exercem significativa influência no jogo. Estão sempre por trás das espúrias e condenáveis práticas de "bucha de canhão", fazendo paralelos de politicalha, sempre em favor daqueles que disso cuidam. São os alcaguetes dos prostíbulos da velha política, podendo ser encontrados sempre nos ditos partidos de aluguel.

Feito esse o expurgo, encontramos os candidatos circunscritos nas legendas saudosistas de um outrora socialismo real. Esses têm, às vezes, bons propósitos e propostas, mas não chegam além dos espirros dessa política situada no campo do infantilismo e da catilinária desértica. Portanto, ficam aonde estão e sem saber para onde vão.

No front do grande dérbi eleitoral é que vamos identificar as forças que efetivamente estão na partida: com as divididas viris, lançamentos de primeira, amortecendo no peito e distribuindo as jogadas no rumo do melhor do jogo, que é a vitória político-eleitoral. E aqui, nessa linha de fundo, estão os que sabem como melhor girar a bola do poder. Uns já envergaram o jaquetão do poder, e jogaram. Outros, estão devidamente paramentados, jogando e apreendendo o jogo bruto que é desenvolvido na arte da política, onde a Alma, se for pequena, sucumbirá ou será um visível espectro.

Em política vale o jogo pelo poder. As forças que se colocam, com objetivos definidos, não hesitam em se apresentar como são: demagógicas, endinheiradas, mentirosas e, também, com as posturas do novo na política, e assim vão se construindo e se constituindo. Leva quem souber lidar com as ferramentas às mãos, utilizando-as como cajado para domar ou argumentos em busca de conquistar as consciências do eleitor.

Petrônio Alves
Advogado e Jornalista

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