O Maranhão é seguramente um dos estados da federação que mais intensamente discute e vive a política no dia a dia, certamente que não é aquela política que todos gostariam de vivenciar a todos os dias: um espaço público de ofertas de discussão das melhores ideias com vistas a oportunizar às grandes maiorias populacionais o acesso ao serviço público de qualidade, o emprego, a renda, a moradia, a saúde, a educação, a segurança, o meio ambiente e a vida com sustentabilidade.
A política que se discute no estado, com mais fervor, é a que se volta para os movimentos do Poder. É aquela em que, primeiramente, se focaliza a superestrutura (?). A máquina estatal e seus arquétipos de agentes públicos, principalmente no executivo e legislativo. Dessa discussão e desse olhar políticos sempre resulta a atualização da engenharia de manutenção e [ou] renovação das estruturas de poder no estado, o que se concretiza por meio das eleições.
Ao fim de cada ciclo de governo no Maranhão, verificar-se o ambiente de grandes inquietações políticas, análises, escaramuças, articulações com vistas ao domínio do poderio político estatal, enfim, é também o momento de ver que a imagem do "governante honesto e irrepreensível" vai se transformar na aura funesta das condolências no velório dos inimigos, pois os amigos de antanho, agora estão pagando o coveiro para deixar a sepultura aberta vinte quatro horas, porque ali deverá ser o lugar do "traidor".
E quando tudo passar, e as coisas tomarem os rumos desejados, com as rédeas ajustadas àqueles que integram o novo establishment, o poeta será lembrado, também como político que o é, porque aqui é o Maranhão, minha terra, minha eleição!
* Petrônio Alves
Advogado e Jornalista
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